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Business for Punks – Como empreender pode ser um ato revolucionário

Business for Punks – Como empreender pode ser um ato revolucionário

As diferenças e importâncias das análises macro e microeconômica para um negócio. O que influencia cada nível e como se relacionam com as demandas na Economia.

Sumário

Business for Punks: Crie suas próprias regras, aja onde os outros não estão agindo e acreditar na sua missão, se fizer isso, no pior dos casos, você lutou pelo seu sonho, o que já é muito mais do que a maioria.

Dois amigos escoceses que se recusaram a aceitar os produtos que as grandes empresas ofertam, decidiram criar suas próprias regras e, de maneira subversiva, começaram sua jornada ideológica de disseminar o gosto pela boa cerveja no Reino Unido.

Assim surgiu a cervejaria Brewdog, um recanto punk na modernidade. E de fato, o livro (Business for Punks: Break All the Rules–the BrewDog Way) que aqueles dois amigos escreveram é quase que uma receita sobre como os ensinamentos dos subversivos podem ser aplicados nos negócios, com o objetivo de criar uma cultura forte e atrair clientes tão apaixonados que viram fãs, compram sua missão como sua ideologia e consumam seu produto como uma auto-afirmação.

A primeira lição relevante é sobre as finanças: você deve dominá-las da mesma forma que você domina seu produto. E para isso, não existe caminho fácil, muito estudo, livros e cursos são sempre necessários. Punks inteligentes se dão melhor.

 Dentro da área financeira, é essencial um fluxo de caixa constante. O lucro pode até ser o rei, mas o caixa é o subversivo, alimente-o sempre pois é com essa liquidez que seu negócio vai passar pelos primeiros anos.

Relatando sua luta para conseguir capital para abrir a empresa, o autor narra as diversas tentativas falhas de conseguir empréstimos bancários. Assim, partiram para o crowdfunding e, com a primeira arrecadação, não abriram a empresa logo de cara…

O que esses punks fizeram foi mais revolucionário: alugaram um tanque de guerra e desfilaram pela principal avenida bancária de Edimburgo, mirando o tanque para os mesmos bancos que os haviam rejeitado. 

Assim, com a divulgação recorrente desse evento, conseguiram potencializar a arrecadação e abrir a empresa em uma situação muito mais saudável. 

Mas, sem dúvida, as principais lições do livro são referentes à cultura. Aqui são alguns feitos para fomentar a cultura punk:

  • Acreditando em sua cruzada contra a cerveja de má qualidade, mensalmente a empresa organiza eventos para destruir grandes qualidades de cerveja barata de grandes marcas (seja com tacos de baseball ou com dinamite). 
  • Acreditando que é só fora da zona de conforto onde a magia acontece, os sócios já realizaram uma reunião mergulhando com tubarões 
  • Acreditando que seus membros precisam ser tão apaixonados por cerveja quanto eles, o Processo Seletivo acontece nos bares, tomando cerveja e conversando sobre a bebida
  • Acreditando na ideologia de disseminar o gosto pela boa cerveja, a Brewdog compartilha todas suas receitas, estão disponíveis para qualquer um que queira tentar, e eles se sentem felizes quando as pessoas de fato o fazem

Aqui é o ponto que faz toda a diferença nesses atos punks: eles acreditam. E só a empresa só funcionou porque eles acreditavam. Noites em claro, flerte com a falência, abrir mão de outras oportunidades, o empreendedor só vai passar por isso acreditando no que está fazendo. 

Então, caso você se identifique com o movimento punk, saiba que ao abrir uma empresa, seu objetivo não pode ser simplesmente ganhar dinheiro, não pode ser status nem incentivos externos, senão você se tornará tudo aquilo que está lutando contra.


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