Com o início da pandemia de Covid-19 e a crise financeira vivida no país e no mundo, muitas empresas tiveram suas contas impactadas. Você está passando por algo similar? Se estiver, não se preocupe, estamos aqui para te ajudar a sair do vermelho e retomar o crescimento da sua empresa! Existem vários métodos para sair desta situação e as dicas da Econsult, discutidas ao longo do texto, vão te ajudar nesse trajeto.
1. Converse com seu contador
Entendemos que muitas vezes sair do vermelho, especialmente em empresas de pequeno porte, a relação com o contador nem sempre é das melhores, isso quando a empresa possui um. Por esse motivo, recomenda-se a contratação do mesmo ou melhor comunicação entre as partes.
Trate de contratar um profissional confiável e com experiência de mercado, pois as questões tributárias brasileiras são complicadas e muito chatas de serem entendidas por leigos e pessoas menos experientes. No nosso país existem muitos tributos com várias especificidades e quando a empresa não os paga, pode receber multas caríssimas e interferir no resultado de caixa.
Já em conversa com o seu contador, definam as questões que estão interferindo no caixa da empresa e uma melhor forma de lidar com os tributos, pois não existirá ninguém melhor no negócio para conhecer esses parâmetros e ajudar a reduzir ou até mesmo a extinguir os gastos desnecessários.
2. Realize um balanço da situação
Para sair do vermelho, antes de tentar realizar mudanças, é extremamente importante identificar os principais problemas que a ocasionaram, ou estão agravando a situação ruim a qual a empresa se encontra. Recomenda-se analisar o faturamento, as contas a pagar, os gastos com suprimentos, pessoal, etc.
Essa etapa é indispensável para tentar resolver a situação crítica em que a firma se encontra, uma vez que agir sem saber exatamente o que modificar pode acabar prejudicando mais ainda a empresa. Tendo realizado essa investigação mais aprofundada, agora é hora de pegar as informações obtidas e começar a definir as ações prioritárias.
3. Defina prioridades
Após identificar esses problemas para sair do vermelho, deverão ser definidas as atividades menos importantes para a empresa e as que estão gerando prejuízo. Dessa forma, atividades secundárias precisarão ser cortadas para um melhor fluxo de caixa e redução de gastos.
Além disso, converse com seu contador a fim de definir quais dívidas ainda estão ativas, suas datas de pagamentos e quanto poderá ser destinado por período para pagá-las. Assim, criando um planejamento financeiro para quitá-las sem dificuldade, começando a pagar as com maiores taxas de juros, que estão prestes a vencer e que não possuem possibilidade de renegociação.
4. Renegocie as dívidas para sair do vermelho
Agora que as dívidas já estão separadas, pode-se partir para a negociação, visando uma redução nos juros cobrados ou um aumento no período de pagamento. Uma boa estratégia de começar é negociar com fornecedores: eles possuem uma propensão maior a conceder mudanças no tempo e forma de pagamento.
Em épocas de crises financeiras, o empresário não pode se acanhar em pedir novas taxas e tempo para conseguir os recursos. Considere a possibilidade de adquirir uma nova dívida com juros mais baixos, para pagar seus débitos mais urgentes e com maiores taxas.
Para não cair novamente nesse estresse e sair do vermelho, trate sempre de pensar a longo prazo e com racionalidade antes de pegar um empréstimo. Se for realmente necessário, trate de negociar com o banco uma taxa de juros mais baixa ou um tempo de pagamento maior, consiga um pagamento mensal que sua empresa consiga pagar sem afetar as operações mais importantes.
5. Racionalize os gastos
Uma firma apresenta diferentes custos e despesas necessários ao bom funcionamento. Entretanto, nem todo gasto é realmente indispensável ou, muitas vezes, precisa ser tão expressivo quanto está sendo.
É muito comum as empresas não terem um controle tão rigoroso em relação aos seus gastos, mas o simples ato de desligar as luzes nos ambientes que não estão sendo utilizados, por exemplo, quando considerado ao longo de um mês, pode causar um impacto negativo nas contas.
6. Acompanhe os indicadores
Independentemente do ramo de atividade da sua empresa, é indispensável acompanhar de perto o desempenho de todos os setores para sair do vermelho. Sob essa perspectiva, a forma mais fácil de fazer isso é por meio de indicadores financeiros.
Os indicadores financeiros são ferramentas de medida de resultados que fornecem informações do desempenho da empresa, permitindo análises importantes para a elaboração de planos estratégicos.
Indicadores de Liquidez (corrente, seca, imediata e geral), Indicadores de Rentabilidade (ROI, ROE), Margem Operacional, Margem EBIT e EBITDA, Indicadores de Estrutura de Capital (participação de capitais de terceiros, composição do endividamento, endividamento total e cobertura de juros) e Indicadores de Atividades (giro de caixa) são exemplos dessas ferramentas.
Cabe ressaltar que não é mandatório acompanhar todos esses indicadores, mas é necessário seguir ao menos alguns deles, uma vez que ajudam a compreender como está a situação da empresa em todos os momentos.
7. Separe o pessoal do empresarial
Um dos maiores erros cometidos ao tentar sair do vermelho, principalmente de empreendedores iniciantes e donos de pequenas empresas, é não separar as dívidas e pretensões pessoais das empresariais, sendo praticamente um “tiro no pé” do seu negócio.
Primeiramente, separe suas contas pessoais das empresariais. Mas esta não é a única ação, entenda que não se deve retirar o dinheiro de sua empresa para pagar suas contas pessoais. Caso esteja com problemas para continuar no verde em sua vida pessoal, busque outras formas de assim o fazer, mas não prejudique a saúde financeira de sua empresa, pois isso pode acabar piorando mais ainda a situação pessoal em um futuro próximo.
O contrário também é verdadeiro. Não retire do seu dinheiro pessoal para pagar contas da empresa. Caso precise fazer uma compra e não possui capital suficiente, opte por reduzir o pedido, adiar a compra ou até mesmo recorrer a linhas de crédito (desde que de forma consciente, evitando a formação de uma “bola de neve” de compromissos bancários)não sendo, assim, necessário a retirada de sua conta pessoal.