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Transição Energética: Como a Nova Lei Pode Impulsionar Empresas no Brasil em 2025

Transição Energética: Como a Nova Lei Pode Impulsionar Empresas no Brasil em 2025

Sumário

A transição energética é um tema crucial no contexto atual de mudanças climáticas e busca por sustentabilidade. Com a recente sanção da Lei 15.103, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), o Brasil dá um passo importante para incentivar o investimento em tecnologias limpas e sustentáveis. Este artigo explora os principais aspectos dessa legislação e seus impactos para empresas interessadas em energia de baixa emissão de carbono.

O que é a Lei 15.103 e o Programa de Aceleração da Transição Energética?

A Lei 15.103, sancionada em janeiro de 2025, tem como objetivo facilitar o acesso a empréstimos com juros baixos para empresas que desejam investir em energia limpa. Por meio do Paten, cria-se o Fundo Verde, um mecanismo que utiliza créditos tributários das empresas para garantir financiamentos mais acessíveis.

Esse fundo não apenas reduz o risco para os bancos, como também estimula a adesão de empresas ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Além disso, a lei permite que negociações de dívidas fiscais sejam atreladas a investimentos em projetos sustentáveis, oferecendo uma solução prática para empresas endividadas.

O programa também está alinhado a outras iniciativas recentes, como o Marco Legal do Hidrogênio Verde e a Lei do Combustível do Futuro, consolidando o Brasil como um modelo de economia sustentável. Essas medidas mostram que o país está comprometido com a redução de emissões de carbono e a inovação tecnológica.

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Setores Prioritários e Benefícios para as Empresas

Os setores prioritários para o Paten incluem aqueles relacionados a combustíveis de baixa emissão de carbono, como biocombustíveis, biogás e biometano. Essas fontes de energia, além de sustentáveis, possuem grande potencial de crescimento no mercado brasileiro, especialmente devido à abundância de matéria-prima renovável.

Outro destaque vai para os setores de energia solar, eólica e hidrelétricas, que já representam uma parcela significativa da matriz energética nacional. As empresas desses segmentos poderão acessar financiamentos mais atrativos para expandir suas operações e desenvolver novas tecnologias.

Além disso, o programa contempla áreas como capacitação técnica, substituição de motores de veículos e desenvolvimento de fertilizantes agrícolas mais sustentáveis. Essa abrangência permite que diversas indústrias contribuam para a transição energética, promovendo inovação em diferentes frentes.

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O Fundo Verde: Como Funciona?

O Fundo Verde é o principal instrumento do Paten para viabilizar financiamentos mais baratos. Ele será alimentado por créditos tributários que as empresas têm direito de receber da União, como valores de impostos federais pagos e reconhecidos judicialmente.

Ao transferir esses créditos para o Fundo Verde, as empresas aumentam a segurança dos bancos em casos de inadimplência, reduzindo os juros das operações financeiras. Essa estrutura inovadora não impacta diretamente as contas públicas, já que utiliza recursos privados.

O fundo será administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que desempenhará um papel fundamental na gestão desses recursos e na aprovação dos projetos submetidos pelas empresas. A transferência de cotas do fundo entre entidades também é permitida, ampliando sua flexibilidade e alcance.

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Transação Tributária: Uma Solução para Empresas Endividadas

Outro ponto relevante da nova lei é a possibilidade de as empresas negociarem dívidas fiscais em troca de investimentos em projetos sustentáveis. A transação tributária permite que empresas com dificuldades financeiras encontrem uma solução amigável junto à Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O valor investido no projeto e a renda gerada por ele podem ser utilizados para abater parte das dívidas tributárias. Isso representa uma oportunidade única para empresas que buscam se recuperar financeiramente e, ao mesmo tempo, contribuir para a transição energética.

Essa medida também reforça a importância de alinhar as políticas fiscais às necessidades ambientais, criando um ciclo virtuoso de inovação e desenvolvimento sustentável.

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Impactos da Nova Lei no Mercado de Transição Energética

A Lei 15.103 promete transformar o mercado energético brasileiro ao criar incentivos para a adoção de tecnologias mais limpas. Empresas de todos os portes poderão se beneficiar, desde que atendam aos critérios estabelecidos pelo programa.

A diversificação da matriz energética é outro benefício direto da legislação. Com mais investimentos em biocombustíveis, energia solar e eólica, o Brasil pode reduzir sua dependência de fontes não-renováveis e aumentar sua competitividade no mercado global.

Além disso, a criação de empregos em setores ligados à energia sustentável é um impacto esperado. Desde a instalação de painéis solares até o desenvolvimento de biocombustíveis, o Paten pode gerar novas oportunidades em diversas áreas.

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Desafios e Vetos Presidenciais e Transição Energética

Apesar dos avanços trazidos pela lei, alguns pontos foram vetados pelo presidente Lula. Um dos vetos mais significativos foi a exclusão de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) para projetos do Paten. Segundo o governo, essa medida garantiria que os recursos fossem direcionados a iniciativas que realmente reduzem as emissões de carbono.

Outro veto foi relacionado ao benefício fiscal para empresas de pilhas recarregáveis. A ausência de um estudo de impacto financeiro foi a principal justificativa para a exclusão desse ponto, mostrando a necessidade de maior planejamento em futuras propostas.

Esses vetos evidenciam os desafios de equilibrar incentivos fiscais com responsabilidade financeira, mas também apontam para a importância de aprimorar as políticas públicas no setor energético.

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Oportunidades para Empresas Brasileiras

Com a implementação do Paten, as empresas brasileiras têm uma oportunidade única de liderar a transição energética na América Latina. O acesso a financiamentos mais baratos pode acelerar projetos inovadores e fortalecer a posição do país no cenário global de energia limpa.

Além disso, a possibilidade de negociar dívidas fiscais oferece um alívio financeiro para muitas empresas, permitindo que elas invistam em tecnologias sustentáveis sem comprometer sua saúde financeira. Essa combinação de incentivos é uma estratégia poderosa para promover o desenvolvimento econômico e ambiental.

Por fim, a obrigatoriedade de investimentos em eficiência energética e pesquisa no setor elétrico garante que o Brasil continue avançando em direção a uma economia mais sustentável e resiliente.

Conclusão

A transição energética é um caminho inevitável para o futuro, e a Lei 15.103 representa um marco importante nesse processo. Com incentivos financeiros, acesso facilitado a créditos e a possibilidade de negociar dívidas fiscais, o Programa de Aceleração da Transição Energética cria um ambiente favorável para empresas que desejam investir em sustentabilidade.

Embora existam desafios e vetos a serem superados, a legislação mostra que o Brasil está comprometido com a construção de uma economia mais limpa e competitiva. Para empresas que buscam se destacar nesse cenário, o momento é agora: investir em energia de baixa emissão de carbono é mais do que uma oportunidade, é uma necessidade estratégica.

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