Conceitos de psicologia em gestão de pessoas podem transformar gastos em investimentos e trazer um alto retorno para sua empresa e para seus colaboradores.
O que é a bonificação?
O mundo da Gestão está mudando. Os antigos departamentos de Recursos Humanos estão se transformando em áreas de Gestão de Pessoas e conceitos usados de maneira uniforme para engajar grandes departamentos já não funcionam muito bem. É nesse contexto que se destacam a Psicologia e as estratégias de bonificação.
Como gestor, existem comportamentos que você espera de seus colaboradores. Existem também os comportamentos que você quer que cessem. O grande desafio é conseguir aumentar a frequência dos bons comportamentos e reduzir a dos comportamentos prejudiciais.
Para nossa sorte, um grupo de psicólogos se deparou com o mesmo problema na metade do século XX, e os resultados que eles encontraram podem ajudar a engajar e incentivar qualquer time. Trata-se da importância dos reforços positivos e negativos.
Esses reforços são estímulos que o líder deve utilizar para propagar diferente tipos de comportamento. Se um reforço positivo é relacionado a um bom comportamento, sua frequência tende a aumentar. O oposto acontece com atitudes indesejadas e reforços negativos.
Mas… qual tipo de reforço positivo eu posso dar para meu time? Ora, todo mundo gosta de bonificações. Se um grupo de trabalho teve uma performance digna de reconhecimento, além desse reconhecimento (recomendamos que seja sempre em público), uma bonificação funciona como reforço para aumentar a frequência do bom desempenho.
O que acontece é que as pessoas, de forma inconsciente, condicionam o ato com a consequência dele. Se o ato nesse caso foi “muito trabalho duro e dedicação” e a consequência foi “uma rodada de chopp paga pela firma”, a sensação é boa, e os atos são replicados com frequências maiores.
Como pensar numa bonificação proporcional ao trabalho dos membros
Por outro lado, conforme aprendemos em Economia, a recompensa não pode ser maior do que o trabalho gerado pelo colaborador.
Para evitar esse problema, um bom primeiro passo é levantar junto ao departamento de contabilidade as receitas e lucro gerado pelos projetos desses colaboradores.
Além disso, é importante conferir as últimas bonificações recebidas pelos membros: se forem muito recorrentes, talvez seja a hora de considerar uma promoção.
Frequência ideal de bonificações
A relação bonificação versus receitas geradas pelo trabalho bonificado não precisa sempre gerar lucro para a empresa.
Se você, como gestor, achar necessário implementar alguma mudança organizacional, bonificações mais altas podem ser usadas para auxiliar sua implementação. Depois que os comportamentos desejados se estabilizarem, as bonificações podem diminuir.
Isto acontece, pois o principal segredo dos reforços é que eles não precisam durar para sempre. Depois de uma quantidade suficiente de repetições, o comportamento desejado acontece mesmo sem reforço.
Normalmente, bonificações são declaradas como “despesas operacionais”, mas acreditamos que elas possam ser ditas como “investimento”, já que têm um impacto direto na produtividade dos membros da empresa.
O que achou do texto? Se quiser saber mais sobre o uso de conceitos psicológicos e neuronais para alavancar seus resultados, leia mais conteúdos sobre Economia Comportamental no nosso blog.
