A economia criativa baseia-se em gerar valor em um produto ou serviços, tendo como referência o capital técnico (ou intelectual) e a bagagem cultural de seu criador.
A economia criativa busca agregar valor em qualquer fase da cadeia produtiva, seja na criação, produção ou distribuição do produto ou serviço.
Com participação ainda tímida no PIB do Brasil, a economia criativa contribui com 2,64% do PIB, além de gerar renda e empregos diretos, sua contribuição vai além e atinge exportações transpondo barreiras na divulgação da diversidade cultural em paralelo com o desenvolvimento humano, mostrando o potencial econômico desta atividade.
A Rio+20, que ocorreu em 2012, trouxe também essa discussão sobre a economia criativa, colocando não só a cultura, mas o desenvolvimento sustentável como pilar extremamente importante no conceito da atividade.
Em geral, a economia criativa atinge alguns segmentos em específico com mais força, apesar de constante expansão, sendo eles:
- Expressões culturais tradicionais: Incluem o artesanato, culinária e festivais tradicionais de cada região.
- Sítios Culturais: sítios arqueológicos, museus, bibliotecas, reservas naturais.
- Artes: Segmento que mais tem contribuição da economia criativa, uma vez que, abrange pinturas, esculturas, fotografias, música, teatro, dança e outras manifestações artísticas.
- Publicidade: Livros, imprensa e outras publicações.
- Audiovisual: Apesar de se enquadrar em outros segmentos, vale destacar que a atuação dos criadores, neste caso, ocorre de maneira visível aos consumidores finais. Aqui destacamos o cinema, televisão, rádio e outros meios de radiodifusão.
- Design e Serviços criativos: São profissionais que usam do intelecto criado com mais frequência em seu trabalho, destacamos o designer de interior, gráfico, moda, jóias e brinquedos, arquitetos, propagandistas entre outros.
- Novas mídias: A economia criativa também é aliada a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, por isso, com o avanço tecnológico há necessidade de novos softwares, jogos e outros conteúdos digitais, que dependem da criatividade humana.
De acordo com um mapeamento realizado pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), podemos reconhecer a Economia Criativa na prática de três maneiras.
- A indústria criativa em si que são as ideias que formam as demais atividades desenvolvidas, seu principal ativo é o profissional ou a empresa.
- As atividades relacionadas que fornecem algum tipo de serviço ou material para determinado segmento da indústria criativa.
- O apoio à entidades ou pessoas que contribuem para a indústria de maneira indireta.
Resumindo, a economia criativa depende fortemente de três pilares básicos, mas de extrema importância que com grande retorno para o Brasil. O investimento em educação é o primeiro deles, pois é necessário conhecimento técnico, cultural e senso crítico para identificar a demanda e desenvolver produtos ou serviços mais qualificados. A tecnologia é extremamente importante e consequência direta da educação, pois novas tecnologias desenvolvidas através de patentes, softwares, equipamentos entre outros podem propor melhor desenvolvimento e bem-estar aos seus habitantes. Outro fator que entra como decisivo na economia criativa é a tolerância. Apesar de ser um pouco subjetivo, a aceitação e o incentivo da manifestação de outras culturas pela sociedade fazem parte do desenvolvimento da economia.
São muitas as formas de colocar a economia criativa na prática. Desde metodologias de solução de problemas como o design thinking e o design sprint até forma de se posicionar frente ao seu cliente.
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