Usando recursos matemáticos e estatísticos para validar hipóteses, a Econometria surgiu como um ramo inovador e eficaz para a área econômica.
É consenso que a Economia como ciência surgiu 1776, quando da publicação da magnum opus de Adam Smith, A Riqueza das Nações. Desde então, foram surgindo cada vez mais contribuições para a evolução da ciência.
Autores imponentes, como Alexander Hamilton, David Ricardo e John Stuart Mill deixaram o seu legado no estudo da Economia Política, a ciência das leis que regulam a produção, distribuição e consumo da riqueza. Esta foi, então, a primeira versão estruturada do que se conhece hoje como Economia.
A princípio, a Economia era uma ciência filosófica. Com o passar dos anos, e principalmente após a chamada Revolução Marginalista, a partir de 1870 e guiada por W. S. Jevons, L. Walras, entre outros, o campo sofreu uma reviravolta com a matematização das teorias e introdução do cálculo diferencial, álgebra linear, etc.
Ao longo dos anos os métodos quantitativos e uso da matemática foram sendo aprimorados com a incorporação de novas técnicas e ferramentas, a exemplo do advento dos computadores.
Dessa maneira, a ciência que antes era puramente humana, passou a carregar também características de ciências exatas, ainda que mesmo hoje existam dificuldades de se fazer experimentos em laboratório ou realizar previsões exatas.
O que é Econometria
Aqui chegamos na Econometria, o ramo estatístico da Economia por meio do qual os economistas podem testar teorias, estimar relações econômicas e avaliar e implementar políticas de governo e de negócios.
Toda a série de recursos adicionais para validar hipóteses e enxergar além do que a teoria prediz, principalmente a partir da valorização dos dados, é papel fundamental da Econometria, que passou a ser uma das mais importantes áreas da ciência. Hoje, a mais prestigiada revista acadêmica de Economia no mundo leva o nome de Econométrica.
Em resumo, a Econometria tem o objetivo de explicar as relações entre variáveis econômicas, tais como educação, salário, PIB (Produto Interno Bruto), inflação, etc., por meio de modelos matemáticos e ferramentas estatísticas.
Além disso, também é possível fazer previsões acerca da taxa de juros, câmbio, inflação ou PIB, por exemplo. Para tanto, se usam dados empíricos não experimentais e parâmetros que possibilitem a explicação de fenômenos observados no mundo real.
Uso de dados na Econometria
O uso de dados não experimentais, prática tão comum nas Ciências Sociais, costuma ter explicação: fazer experimentos controlados é difícil e caro, além que pode envolver questões morais e éticas. As informações de pesquisa são coletadas por meio de observação e depois confrontadas com o arcabouço teórico da área.
Já em Econometria, os modelos de pesquisa também estão baseados nas teorias e não puramente nos dados, diferente de métodos de análise de dados como o Machine Learning. Porém, existem regras a serem seguidas para se evitar resultados a geração de dados falsos ou insignificantes.
Como em qualquer outra disciplina, no entanto, a Econometria passa por limitações de método que podem dificultar o trabalho do pesquisador. Esses percalços podem envolver desde problemas com o banco de dados até o processo de escolha do modelo e das variáveis, além do tipo de método a ser adotado.
Econometria hoje
Atualmente, a Econometria se depara com novos desafios. O surgimento de métodos para a análise de gigantescas quantidades de dados, como Big Data e Machine Learning, têm colocado técnicas tradicionais em xeque.
Todas as mudanças recentes exigem cada vez mais reformulações de modelos e ferramentas para a obtenção de resultados e previsões robustas, de modo que a Econometria continue a se destacar como uma área importante para a Economia.
Sabendo da importância e do potencial que o instrumental econométrico disponibiliza aos economistas, a Econsult entende este como um diferencial frente a outras consultorias júnior. Esse é um conjunto de métodos poderoso, capaz de validar hipóteses e chegar a resultados concretos usando dados empíricos.