Hoje o assunto será super impactante, pois iremos falar sobre os impactos da pandemia e como o mercado financeiro lidou e terá que lidar para superá-los.
A pandemia, infelizmente, foi um cenário que mudou completamente o mercado financeiro, e atualmente ainda estamos passando por este momento (com menor intensidade, claro).
Caso você queira saber mais sobre o assunto, continue lendo o nosso conteúdo.
Boa leitura!
Os principais impactos da pandemia no mercado financeiro
O Brasil enfrentará o desafio de voltar a crescer após a pandemia de Covid-19. Com a imprevisibilidade trazida por ela, prever cenários futuros e garantir a resiliência dos processos de negócios tornou-se um exercício de extrema incerteza, exigindo diferentes perspectivas e experiências para encontrar uma alternativa comum a todos os setores, embora com diferentes impactos dentre eles.
Investir na personalização e na qualidade dos serviços, assim como na redução de orçamentos e despesas por meio da adoção de home office e digitalização de processos, tem sido e deverá ser um grande desafio para a indústria brasileira no futuro.
Está estabelecido que, embora alguns segmentos devam ter um crescimento sustentável, outros enfrentarão uma lenta recuperação. Para a segunda parte, é importante examinar a aplicação de novas abordagens e projetos estratégicos que podem transformar o negócio no médio ou até no curto prazo.
Um quadro já preocupante de desigualdade social e crise econômica se desdobrou em todo o país diante das medidas de distanciamento social decretadas pelos governos locais e pelo órgão regulador da saúde (Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA).
Os setores suspensos por decreto do governo puderam retomar as atividades com o passar do tempo e o relaxamento das medidas de distanciamento social. O desafio, portanto, tem sido tentar trazer a economia brasileira de volta aos níveis pré-pandêmicos diante da crise econômica e instabilidade política pela qual o país vem passando.
Como os impactos da pandemia deixou o cenário da indústria?
No contexto pré-pandêmico, setores como farmacêutico, automotivo, eletroeletrônico, energia, têxtil e agronegócio tiveram destaque na produção do país. Após o início da crise sanitária, 70% das indústrias no Brasil tiveram impacto negativo em seus negócios.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pelo Portal da Indústria. De acordo com o levantamento, a indústria foi apontada como o segundo setor mais afetado, depois dos serviços, seguida pela construção e comércio.
Pela conjuntura atual e pelo contexto pós-pandemia, o desafio do setor é aplicar mudanças estruturais e comportamentais para o reequilíbrio financeiro.
Outro aspecto que pode ajudar na recuperação das empresas é explorar a fase de transação com avanços tecnológicos, aliada à Indústria 4.0, que exige investimento em processos integrados e mudança cultural.
Qual a visão dos impactos da pandemia para o futuro?
Para os próximos meses, a previsão para os mercados financeiros globais não é nada otimista.
Hoje, mesmo os analistas mais esperançosos reconhecem que estamos entrando em uma recessão sem precedentes e sem fim à vista.
A retração de 3% prevista pelo Fundo Monetário Internacional pode até parecer pequena, mas representa uma queda de mais de 6 pontos percentuais em relação à sua previsão para o final de 2019.
Infelizmente, a taxa de crescimento de 3,4% estimada na época parece muito distante da realidade que vivemos hoje.
Como evitar os impactos da pandemia no mercado financeiro
No setor financeiro, as instituições têm buscado rapidamente migrar o máximo de atendimentos para os canais digitais, possibilitando o fechamento de muitas agências físicas. Além disso, o distanciamento social obrigou os colaboradores a adaptarem-se imediatamente ao home office, situação que se mantém até hoje em muitas áreas, permitindo a liberação de grandes escritórios e a mudança de colaboradores que necessitem estar presencialmente em seus próprios edifícios ou para lugares menores e menos caros. Tudo isso contribui para uma economia pontual em momentos de crise sem impactar as operações.
Mas o risco de problemas devido à insolvência permanece. Segundo um relatório da Deloitte sobre “Os Impactos da pandemia de Covid-19 nos Mercados de Crédito”, podem ser implementados mecanismos para evitar grandes dificuldades, como o acompanhamento do crédito de alto risco, a análise do processo de renegociação e a verificação da possibilidade de obtenção de novas garantias. Também é importante buscar entender quais mudanças no comportamento do cliente causadas pela pandemia serão permanentes mesmo após a retomada das atividades normais e até mesmo recriar modelos de negócios com base nessas previsões.
Bônus: lições que os impactos da pandemia proporcionaram
Abaixo, estão algumas tendências que, não necessariamente surgiram na pandemia, mas vêm se fortalecendo ao longo do último ano e meio e ajudam a entender o que esperar do mercado financeiro e quais estratégias adotar nos próximos anos.
Atendimento via mobile banking e pagamentos por meio de canais digitais
Com a impossibilidade de usar os estabelecimentos físicos durante o período mais crítico da pandemia e a chegada do Pix, muitas pessoas que antes ainda se sentiam um tanto intimidadas com o uso dos canais digitais acabaram tendo que transferir suas contas para o app e fazer pagamentos. Portanto, aprimorar a estratégia digital de sua empresa, bem como os serviços online, deve estar no topo da lista de prioridades.
Preocupação com a agenda ESG (ambiental, social e governança)
A pandemia trouxe maior consciência para questões relacionadas ao clima e ao meio ambiente. Segundo dados da Simfund, Broadridge e GBI, de janeiro a novembro de 2020, o investimento sustentável global recebeu US$288 bilhões, um aumento de 96% em relação ao ano anterior. Hoje, abraçar cada vez mais esse contexto, buscando realizar ações sustentáveis e socialmente responsáveis, é fundamental para as empresas que buscam se manter saudáveis por muitos anos.
Cibersegurança nunca foi tão importante: a conscientização de usuários também
Na era digital em que vivemos, proteger sistemas para evitar violações de dados de clientes e reduzir o risco de fraude é um pré-requisito para qualquer empresa do setor. Mas para as instituições financeiras, um fator que está se tornando cada vez mais importante é a conscientização do usuário. Atualmente, a principal arma dos cibercriminosos é a engenharia social, que significa a manipulação de aplicativos para induzir as vítimas a revelar informações confidenciais ou a realizar ações que as coloquem em perigo.
Devido à pandemia e aos novos hábitos formados nesse período, ainda haverá muitas mudanças nos próximos anos, mas já é possível se planejar para as tendências que agora se fortalecem e examinar outros riscos que podem surgir.
Conclusão
Vivemos um momento delicado com a crise de coronavírus afetando a vida e o funcionamento de diversos países do mundo.
A pandemia, que atingiu primeiro a China, se alastrou por todo o globo em cerca de três meses e trouxe consequências devastadoras para o mercado financeiro.
Em meio às turbulências e incertezas, diversos setores já sofrem com a volatilidade da economia.
Para as bolsas de valores, o período tem sido de extrema tensão com diversos circuit breakers e interrupções mais longas sendo feitas no mundo todo como forma de tentar frear quedas vertiginosas.
Apesar de alarmante, é importante lembrar que os períodos de crise e de desenvolvimento econômico acontecem de forma cíclica.
Assim, da mesma forma como começou, a recessão atual vai acabar um dia e, até lá, é preciso ter uma estratégia para passar pelo período da melhor forma possível.
Você concorda com isso? Tem alguma outra dica a respeito? É só deixar o seu comentário.