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Financiamento confira se realmente vale a pena ter um neste ano

Financiamento: confira se realmente vale a pena fazer um neste ano

Financiamento: confira se realmente vale a pena fazer um neste ano

Sumário

O sonho de adquirir a casa própria ou um automóvel, muitas vezes perpassa a necessidade de fazer um financiamento. Ainda mais na atual conjuntura econômica, em que sabemos que está cada vez mais difícil juntar o dinheiro necessário para conquistar esses bens à vista.

No entanto, muita gente nem sequer sabe que se trata esse aporte – embora possa, inclusive, já ter feito um. Portanto, neste artigo, descomplicaremos o financiamento, tratando a respeito do que ele é, como conseguir e se vale a pena realizar um.

O que é financiamento e como funciona?

Basicamente, um financiamento se trata de um método de compra a médio longo prazo, em que o pagamento é efetuado de forma parcelada. Logicamente, nesse pagamento são incididos juros, que ficam maiores conforme é maior o tempo determinado para a quitação da dívida.

Repare que eu não disse “compra” por acaso: num financiamento, ao contrário de outras modalidades de obtenção de crédito, deve se tenha um objetivo específico (como adquirir um imóvel ou carro, por exemplo). 

No entanto, o bem financiado não será de fato seu até que a dívida seja quitada. Ele serve de garantia para o banco que te concedeu o dinheiro. Por exemplo, para vendê-lo, você precisa de autorização do banco, que repassará a dívida para o novo comprador. 

Financiamento ou empréstimo?

Os conceitos de financiamento e de empréstimo são, de fato, bastante parecidos: ambos são serviços financeiros que concedem dinheiro ao consumidor. Porém, eles não funcionam da mesma forma. Há particularidades relativas a cada um que devem ser consideradas.

Por exemplo, como eu disse, os bancos exigem uma finalidade específica para a concessão de financiamento. No caso dos empréstimos, isso não ocorre. O dinheiro conseguido em um empréstimo pode ser usado para qualquer finalidade, como a quitação de uma dívida ou mesmo a compra dos bens que se compraria por meio do financiamento. 

Além disso, para pegar um empréstimo, não é necessário apresentar garantias. O banco apenas analisa a situação do seu crédito para saber se você conseguirá ou não pagar a dívida. Portanto, o risco assumido pelos bancos é maior e, consequentemente, as parcelas dos empréstimos costumam ser maiores. 

Por outro lado, como veremos a seguir, os financiamentos exigem algumas burocracias que não são necessárias nos empréstimos, portanto estes podem sair mais rapidamente.

Como conseguir um financiamento?

Agora que você já sabe o que é financiamento, como funciona e a diferença entre ele e um empréstimo, está na hora de aprender a fazer o seu. 

O primeiro passo é verificar a situação do seu score, pois o banco irá analisar se você é ou não um bom pagador antes de te confiar dinheiro.  Em seguida, você deve apresentar alguns documentos exigidos pelo banco para ele analisar o seu perfil.

Geralmente, os bancos pedem RG, comprovante de residência, comprovante de renda dos últimos 3 meses ou 1 ano e declaração do imposto de renda. Financiamentos que envolvem mais de um comprador exigem a apresentação dos documentos de todas as pessoas envolvidas.

Mediante o comprovante de renda, o banco analisará os seus ganhos mensais. É claro que a renda deverá ser compatível com o valor do financiamento. Quanto maior a renda, maior o valor do financiamento aprovado. Por norma, os bancos não aprovam financiamentos em que as parcelas ultrapassem 30% da renda do cliente.

Ao final de tudo, caso ele seja aprovado, serão apresentadas as condições de pagamento. Isto é, o tempo que você terá para pagá-lo, o valor das parcelas e se elas serão alteradas ao longo do tempo, etc. Se você aceitar as condições, o contrato será firmado.

Quando o financiamento vale a pena?

Existem alguns fatores que devem sempre ser considerados na hora de fazer um financiamento. Além da necessidade do tomador de crédito de comprar algum bem, esses quatro fatores devem ser considere:

  • Preço do bem;
  • Valor de entrada;
  • Juros;
  • Perspectiva de valorização do bem.

O preço do bem está relacionado com a quantidade de capital necessário para financiar a compra do mesmo. A lógica é bem simples, quanto mais caro o bem, mais capital financiado será necessário e mais caro sairá o financiamento. 

O preço do bem também está relacionado ao risco da operação e aos juros incididos. O financiamento de um bem de alto valor possuirá taxas de juros mais altas pelo fato do risco de calote ser maior.

O valor do financiamento também será um aspecto importante em sua análise. Quanto maior o valor de entrada, menor será o valor em que será incidido juros e menor será o valor pago ao longo prazo.

Os juros pagos na operação é o aspecto mais importante na análise de todo financiamento. Dependente da atual conjuntura econômica, os juros pagos oscilam de tempos em tempos.

Outro fator crucial na taxa de juros paga em um financiamento é o risco de calote. O nível de renda do tomador, o tipo de bem financiado e as garantias em questão determinam o risco de calote e sua taxa de juros.

Para completar a análise, é importante saber a perspectiva de valorização do produto financiado. A lógica é bem simples: quando a perspectiva de valorização for maior que a taxa de juros pagas, o financiamento valerá a pena.

Bens como imóveis, aparelhos industriais, patentes que possuem tendência de valorização podem valer a pena serem financiados. Enquanto bens como carros, eletrodomésticos devem ser melhor avaliados para não ficar no prejuízo.

Taxas de juros em 2022

Tão fundamental na análise do financiamento, os juros merecem um tópico só para ele. Para entender o que influencia as taxas de juros de um país é fundamental entender a Taxa Selic.

A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Isso significa que quando ela sobe, todas as taxas de juros do país sobem também. Com o mesmo acontecendo na descida.

A Taxa Selic é o principal instrumento utilizado para controlar a inflação. Nos últimos meses, ela apresenta uma forte subida com as projeções futuras indicando a tendência de alta para os próximos meses.

Após atingir a mínima histórica em 2021 de 2,00% ao ano. A Taxa Selic já chegou a casa dos 11,75% e deve continuar subindo, o que deve encarecer as linhas de crédito e financiamento em todo o país.

Conclusão

O mais importante a se fazer antes de fazer um financiamento é entender como esse mecanismo funciona. Entender sua diferença para empréstimos é importantíssimo para tomar a melhor decisão.

Sabendo onde pegá-lo, o tomador deve ponderar os quatro fatores fundamentais: preço, valor de entrada, juros e perspectivas de valorização. Só assim poderá tomar a melhor decisão.

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